quinta-feira, 26 de abril de 2012

Luiza Maia (PT) votou contra reajuste dos professores, mas mesmo assim o projeto foi aprovado

O clima na Assembléia Legislativa da Bahia está quente, devido ao Projeto de Lei 19.778/2012 que reajusta as remunerações da carreira do magistério público estadual do ensino fundamental e médio.

Após protestos feitos por professores de vários municípios da Bahia, a Assembléia Legislativa colocou em votação o reajuste. Dos 63 deputados, 33 votaram a favor, 19 contra e duas abstenções. O clima ficou quente quando a deputada do PT Luiza Maia se posicionou contra a medida. De acordo com informações, os governistas - que votaram a favor e enfrentaram os professores- não gostaram nem um pouco do posicionamento da deputada que apesar de pouco tempo na Casa tem se destacado por suas propostas e decisões polêmicas.

O voto da deputada petista Luiza Maia, que votou contra o projeto, causou descontentamento não só do líder da maioria, Zé Neto (PT), como em outros deputados do PT. “Quer dizer que só ela sai de boazinha e ganha voto dos professores?”, comentou um deles, que preferiu não ser identificado.

Protesto em Jânio Quadros (foto: janioquadros.com)
Reajuste - Os professores pleiteiam cumprimento de acordo celebrado com o governo em 11/11/2011 no qual fica estabelecido que “o reajuste salarial do magistério da rede estadual do ensino fundamental e médio será o mesmo do piso salarial profissional nacional, nos anos de 2012 2013 e 2014”. De acordo com revelação do presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), semana passada, Wagner não sabia do acordo.

O reajuste do piso nacional foi de 22,22%, definido em Brasília, em data após o acordo citado. O governo alega que não tem dinheiro para bancar o reajuste na íntegra em 2012.
Até o ano passado, o reajuste era baseado no IPCA (Índice de Preço ao Consumidor), que ficou em 6,5%. Mas no dia 15/12/2011, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) apresentou projeto, aprovado pelo Senado, estabelecendo que o índice de reajuste do piso da categoria seria o mesmo do aplicado para reajuste per capita/ aluno do Fundeb. Esse, 2011 para 2012 foi de 22,22%.

“Estamos pagando por algo que não criamos. Os senadores aprovam, mas o governo federal não manda o dinheiro. Não é possível pagar os professores”, disse o líder governista Zé Neto (PT), enfatizando que, com os projetos aprovados ontem, a Bahia passa a ser um dos nove Estados da Federação a cumprir o piso nacional. O impacto dos 22% seria de R$ 412 milhões na folha que, se implementados, chegariam a 51% da Receita Corrente Líquida de gastos com pessoal, ultrapassando o limite permitido na Lei l, que é de 48%.

FONTE: Sudoeste Hoje

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