quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Guajeru: irmãos morrem asfixiados em obra da SAEG no interior de São Paulo

Vítimas morreram asfixiadas por um gás na tarde de terça-feira (30). Polícia trabalha com hipótese de homicídio culposo, sem intenção de matar.


A Polícia Civil de Guaratinguetá abriu inquérito para investigar a morte de três trabalhadores durante uma obra terceirizada do Serviço de Água de Esgoto de Guaratinguetá (SAEG) no bairro do Pedregulho, na tarde da última terça-feira (30).

A polícia trabalha com a hipótese de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O delegado Fábio Cabett, da Delegacia de Guaratinguetá, informou que algumas testemunhas já foram ouvidas na madrugada desta quarta-feira (31).

Segundo ele, as diligências feitas no local indicam que havia gás metano. Dos três funcionários que morreram, dois eram irmãos – Adão Joaquim Pereira, de 24 anos, e Osvaldino Joaquim Pereira, de 30 anos. Os irmãos nasceram em Guajeru, na Bahia, mas moravam em Guaratinguetá.


Os corpos foram encaminhados para as cidades de Guajeru, na Bahia, e Cariacica, no Espirito Santo, onde serão realizados os funerais das vítimas.

A outra vítima é Alex Sandro Fernandes Davi, de 30 anos, que nasceu no Espírito Santo e morava em Aparecida. De acordo com Cabett, as vítimas deveriam ter um equipamentos para descer no poço. “O Corpo de Bombeiros desceu com ar comprimido e máscara, acredito que os funcionários precisavam ter tipos semelhantes”, disse o delegado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, quando o resgate chegou, os funcionários estavam em um buraco com mais de sete metros de profundidade. O local foi interditado pela polícia.

Os irmãos, que eram líder e encanador na obra, vieram da Bahia para trabalhar. O terceiro era ajudante e morava em Aparecida. “Provavelmente algum gás expulsou o oxigênio do local e ele veio a ficar inconsciente. Os outros dois trabalhadores desceram para tentar resgatá-lo e acabaram ficando inconsciente também”, afirmou o tenente dos bombeiros, Paulo Reis.

O presidente do SAEG, Edilson Aleixo, confirmou que a obra é da autarquia, mas que está sendo executada por uma empresa terceirizada de Carapicuíba, chamada Gimma Engenharia.

A empresa responsável pela obra disse que não houve falha de segurança e que trabalho feito pelos funcionários era de rotina. Informou ainda que vai prestar assistência às famílias das vítimas e que está colaborando com as investigações.

Tanto o SAEG, quanto a Gimma Engenharia afirmam que estão colaborando com as investigações da polícia.

FONTE: Informecidade.com

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