Mobilizados através de redes sociais, os jovens pedem fim do impasse entre os profissionais grevistas e o governo estadual para retorno urgente das aulas.
O grupo de cerca de 50 alunos iniciou protesto na avenida Paralela e, no fim da manhã, se dirigiram à região do Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde fica o prédio da Governadoria.
No local, eles se juntam a outros grupos de estudantes e prometem manter o protesto ao longo da tarde. Eles planejam aumentar as ações em favor do fim da greve nos próximos dias.
Anderson Alves, estudante do 3º ano da Escola Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas, no centro da cidade, explica que a proposta é mostrar aos "governantes" que eles estão mobilizados. "Agora vamos movimentar as informações da passeata de hoje nas redes sociais, atraindo novos colegas para as próximas. Não vamos parar de nos manifestar", diz o estudante. Ele, que quer prestar vestibular para economia, lamenta a falta de aulas em época próxima à data do Enem e dos vestibulares. "Tentamos estudar em casa, ou alguns professores que estão organizando aulas públicas, mas sabemos que não é o correto e estamos muito prejudicados", diz.
"Como vamos competir no vestibular e no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], com mais de 50 dias de greve? Não tem como. Enquanto uns podem ter o luxo de ir para suas escolas pagas, no conforto, nós ficamos como?", pontua Michel Santos, 20 anos, que estuda o 2° ano do Colégio 15 de Novembro, no bairro São Cristóvão. "Esse problema
também é nosso, nós estudantes devemos valorizar o nosso estudo e agir na cobrança das soluções", afirma o jovem.
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| Estudante descansa durante manifestação. Rede estadual não tem aula há 51 dias |
Movimento grevista
Os professores querem reajuste de 22,22%. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio. Na última terça-feira (29), conseguiram uma liminar da Justiça que determina o pagamento dos sálarios do mês de abril e maio, que estavam suspensos. O Governo da Bahia informou que irá recorrer da decisão.
FONTE: G1
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