segunda-feira, 11 de junho de 2012

Professores da rede estadual de ensino protestam em Coaraci (BA)

Eles são contra a proposta apresentada pelo governo para fim da greve. Categoria está parada há 62 dias. Nova assembleia será realizada na terça.

Professores da rede estadual de ensino protestam em Coaraci (BA) (Foto: Rozânia Araújo/ Arquivo Pessoal)

Os professores da rede estadual de ensino de Coaraci, município na região sul da Bahia, fizeram uma caminhada na manhã desta segunda-feira (11), em protesto contra a última proposta apresentada pelo governo para por fim à greve da categoria que já dura 62 dias. Cerca de 80 pessoas, entre professores e alunos, se reuniram na praça da cidade e seguiram pelas ruas com faixas e um mini trio.
 
Nos últimos quatro finais de semana os professores de Coaraci promovem um brechó na feira livre da cidade, onde são vendidos produtos doados pela população local. "O objetivo é ajudar as colegas que só possuem como renda o salário de professor do estado e estão com os vencimentos cortados", explica Rosânia Araújo, professora estadual de Coaraci.

Na sexta-feira (8) foi proferida a decisão de Carlos Ayres Britto, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou seguimento ao recurso do Governo da Bahia que pretendia suspender a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça (TJ-BA) determinando o pagamento dos salários dos professores estaduais.

De acordo com informações do Sindicato dos Professores (APLB) até a manhã desta segunda-feira os salários não tinham sido pagos aos professores. No sábado (9), o comando de greve iniciou a formulação de uma contraproposta, a ser votada na assembleia-geral da categoria, marcada para às 9h de terça-feira (12).

Entre os pontos, já foram definidos os pedidos de revogação de salário em subsídio e o parcelamento de cerca de 16% (correspondente aos 22,22% do piso menos os 6,5% já concedidos pelo estado) durante este ano.

Proposta reapresentada
O governador Jaques Wagner falou sobre a proposta em declaração feita na manhã do dia 4 de junho em entrevista à TV Bahia. Na ocasião, o governador disse que o reajuste seria em outubro de 2012 e abril de 2013, mas o Governo do Estado enviou nota oficial corrigindo a informação, substituindo o mês de outubro pelo mês de novembro. O governador disse ainda que as propostas serão cumpridas apenas após o retorno às salas de aula.

“Nós oferecemos um ganho real para o final de 2013 de 4% e final de 2014 para 3%. Antes de começar a greve, nós fizemos uma oferta para que esse reajuste de 4% e 3% fosse antecipado e substituído por uma progressão na carreira, que corresponderia até abril do ano que vem até mais do que 22% a depender da categoria. Iria de 22% chegando a 26%”, disse o governador.

FONTE: G1

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